Análise da ocorrência dos gêneros textuais nos livros didáticos, bem como nas DCN’s para o Ensino Médio, e em que circunstâncias eles são trabalhados, quando mencionados. O objetivo é analisar o suporte teórico que os livros didáticos e as Diretrizes Curriculares Nacionais (DCN’s) de língua portuguesa, voltados para o Ensino Médio oferecem ao docente para trabalhar e incentivar a prática do gênero textual e-mail, que se tornou algo recorrente no dia-a-dia, mas que não é trabalhado em sala de aula com a devida importância, mesmo sendo uma modalidade textual bastante utilizada pelos alunos. Fez-se um breve histórico dos gêneros na história, a diferenciação entre gênero e tipo textual e esferas discursivas, trazendo esclarecimentos sobre o objeto da pesquisa: o e-mail. Em seguida, nos atentou-se à análise do objeto, que consiste na investigação de treze livros didáticos do Ensino Médio e dos PCN`s de língua portuguesa. Finalizamos reiterando a importância do trabalho com os gêneros textuais “ocultos” na escola, em especial o uso do e-mail, considerando-o como um novo gênero surgido por meio do desenvolvimento das tecnologias e enfatizando a necessidade dos professores o utilizarem, já que este faz parte do cotidiano de inúmeras pessoas, inclusive dos próprios professores e alunos.
Este blog nasce com o intuito de apresentar aos estudande de Letras e áreas afins, os trabalhos produzidos e apresentados no decorrer do curso, além, de poesias, músicas e muito mais.
segunda-feira, 30 de agosto de 2010
PALESTRA REALIZADA NA UNEB CAMPUS XVI EM IRECÊ AOS ALUNOS DE LETRAS DA PLATAFORMA FREIRE
GÊNEROS TEXTUAIS COM FOCO NO E-MAIL E WEBLOG
Esta palestra visa discutir sobre o conceito de gêneros textuais, como surgiram e como são trabalhados nas escolas, em especial na escola estadual Colégio Modelo Luis Eduardo Magalhães onde a pesquisa vem acontecendo. A pesquisa vem sendo desenvolvida ao longo de três semestres, por alunos do curso regular de letras da Universidade do Estado da Bahia - UNEB - Campus XVI - Irecê. A primeira fase da pesquisa busca verificar de que forma os gêneros textuais são trabalhados pelos profissionais de Língua Portuguesa da referida instituição e como os mesmos são aceitos pelos alunos; o que os alunos usam fora do espaço formal (a escola), e o que realmente a escola trabalha. Ficou constatado na primeira fase da pesquisa, que a escola trabalha na pespectiva dos gêneros textuais, porém não trabalha de forma sistemática com os gêneros textuais oriundos das novas tecnologias em especial as tecnologias intelectuais (chat, e-mail, weblog etc.) ficando assim os mesmos ocultos da escola.
Partindo do pressuposto de que a escola não trabalha de forma sistemática com os novos gêneros, surge uma outra inquietação; o uso do e-mail em sala de aula, nos livros didáticos e nas DCN`s. Como é feito o trabalho como o e-mail pelos professores e, como o mesmo aparece nos livros didáticos? Começa então a segunda fase da pesquisa. Ficando costatado através da análise de treze livros didáticos, que nenhum deles traz o e-mail como gênero textual, fica claro a falta de interesse dos professores em trabalhar com o e-mail, pois os mesmos não têm suporte nem nos livros didáticos nem tão pouco nos PCN's de língua portuguesa. Após os resultados far-se necessário nova pesquisa, se os alunos usam as redes sociais (weblog, e-mail, chat etc.) como seria a escrita dos mesmos nestes ambientes não formais, que sentidos são atribuidos à sua escrita?
Como toda e qualquer manifestação de comunicação se dá por meio de textos, reintera-se a importância de se trabalhar com os novos gêneros especialmente os ligados às tecnologias, pois sabe-se que a partir deles surge nova forma de comunicação. "Por ser algo externo ao ser humano, a escrita pode ser modificada, afinal, ela é apenas uma maneira de representar graficamente o significado" (BISOGNIN 2009, p. 45), o Weblog como tecnologia intelectual é um exemplo. É portanto uma alternativa popular para publicação de textos on-line, sejam eles, poemas, músicas, contos etc.
Diferente do espaço escolar, o weblog é um ambiente informal onde o sujeito lida com a escrita de forma diferenciada. "Língua e escrita são dois sistemas distintos de signos; a única razão de ser dos segundo é representar o primeiro" (SAUSSURE, 2004, p. 34 apud BISOGNIN 2009, p. 47). Ficando evidenciado a falta de suporte e/ou interesse em se trabalhar com os novos gêneros, a pesquisa terá sequência e buscar-se-á respostas para tais inquietaçãoes.
Bibliografia consultada
BISOGNIN, Tadeu Rossano. Sem medo do internetês. – Porto Alegre, RS: AGE, 2009
Bibliografia consultada
BISOGNIN, Tadeu Rossano. Sem medo do internetês. – Porto Alegre, RS: AGE, 2009
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