segunda-feira, 8 de novembro de 2010

O jeito como você mente

Não posso dizer, mas posso sentir doer,
Como faca a cortar-me o pulso
Embriago-me de ódio
Prestes a cair, me puxa para cima
Amortece minha queda

Vai embora! mente!
Espere!
Adoro o jeito como você mente
Envergonhada, não me conheço
enquanto o errado parecer certo...

Espere!
Aquela sensação estranha, arrepios
solidão, jogo com a sedução
Nada resolvido
Agora pode ir embora, pela janela te vejo

Não fique ai me olhando queimar,
Me vendo chorar
Você mentiu novamente
É um mentiroso
Espere! olha nos meus olhos

Adoro o jeito como você mente




sábado, 23 de outubro de 2010

Como ver o mar

Foi como ver o mar
A dança das ondas
A alta das marés
Arrisquei-me a atravessar


Com medo, abri meu coração
E assim me entreguei
Agora?!
A sensação do toque


A suavidade da noite
Agora?!
Só, num palco,
Onde só o silêncio fala à escuridão


Traz de volta a luz que tirastes de mim
Mostre o teu sorriso,
O brilho do teu olhar.
Os nossos sonhos?


Foi como ver o mar
Sumindo no horizonte
Agora?!
Só a saudade!

quinta-feira, 21 de outubro de 2010

Instinto

Em você há mistério
Coisa que fascina,
Teu sorriso  que desconcerta
O meu coração domina.

Tuas mãos fortes, peito másculo
Seus dedos a enlaçar os meus cabelos
O instinto ...
E já não sei...

Teu beijo toca-me levemente os lábios
Perdida estou em teus braços,
Em meio a carícias, inebriada de amor e desejos
Entrego-me aos mais lascivos...

sábado, 9 de outubro de 2010

Angústias

Queria poder escrever tudo que trago dentro de mim,
queria poder falar tudo que me sufoca,
mas sei que não me entenderiam,
pois eu mesma as vezes não me entendo.
O que queres que eu diga?
Mentiras?! 
Não entendo o que sinto,
o que penso.
O que queres que eu seja?
Não sou divina!
Sou humana!
que erra, que sonha,
que ama, que simplismente ama.

segunda-feira, 27 de setembro de 2010

Sentimentos eternos

Luz que  me ilumina 
Sonho que vivi tão pouco, mas
Que não morreu quando partiu
Pai, presença constante em meu coração

Sentimento eterno de amor,
Saudade e paixão.
Tesouro que carrego sempre.
Amor insuperável

Que nem a distância
Nem o tempo apagará.

segunda-feira, 30 de agosto de 2010

Resumo do trabalho que será apresentado no 3º Simpósio Hipertexto e Tecnologias na Educação: mídias sociais e educação, a ser apresentado em 2 e 3 de dezembro de 2010, na Universidade Federal de Pernambuco – Recife-PE

GÊNEROS OCULTOS NA ESCOLA: O E-MAIL

Análise da ocorrência dos gêneros textuais nos livros didáticos, bem como nas DCN’s para o Ensino Médio, e em que circunstâncias eles são trabalhados, quando mencionados. O objetivo é analisar o suporte teórico que os livros didáticos e as Diretrizes Curriculares Nacionais (DCN’s) de língua portuguesa, voltados para o Ensino Médio oferecem ao docente para trabalhar e incentivar a prática do gênero textual e-mail, que se tornou algo recorrente no dia-a-dia, mas que não é trabalhado em sala de aula com a devida importância, mesmo sendo uma modalidade textual bastante utilizada pelos alunos. Fez-se um breve histórico dos gêneros na história, a diferenciação entre gênero e tipo textual e esferas discursivas, trazendo esclarecimentos sobre o objeto da pesquisa: o e-mail. Em seguida, nos atentou-se à análise do objeto, que consiste na investigação de treze livros didáticos do Ensino Médio e dos PCN`s de língua portuguesa. Finalizamos reiterando a importância do trabalho com os gêneros textuais “ocultos” na escola, em especial o uso do e-mail, considerando-o como um novo gênero surgido por meio do desenvolvimento das tecnologias e enfatizando a necessidade dos professores o utilizarem, já que este faz parte do cotidiano de inúmeras pessoas, inclusive dos próprios professores e alunos.

PALESTRA REALIZADA NA UNEB CAMPUS XVI EM IRECÊ AOS ALUNOS DE LETRAS DA PLATAFORMA FREIRE

GÊNEROS TEXTUAIS COM FOCO NO E-MAIL E WEBLOG

           Esta palestra visa discutir sobre o conceito de gêneros textuais, como surgiram e como são trabalhados nas escolas, em especial na escola estadual Colégio Modelo Luis Eduardo Magalhães onde a pesquisa vem acontecendo. A pesquisa vem sendo desenvolvida ao longo de três semestres, por alunos do curso regular de letras da Universidade do Estado da Bahia - UNEB - Campus XVI - Irecê. A primeira  fase da pesquisa busca verificar de que forma os gêneros textuais são trabalhados pelos profissionais de Língua Portuguesa da referida instituição e como os mesmos são aceitos pelos alunos; o que os alunos usam fora do espaço formal (a escola), e o que realmente a escola trabalha. Ficou constatado na primeira fase da pesquisa, que a escola trabalha na pespectiva dos gêneros textuais, porém não trabalha de forma sistemática com os gêneros textuais oriundos das novas tecnologias em especial as tecnologias intelectuais (chat, e-mail, weblog etc.) ficando assim os mesmos ocultos da escola.
           Partindo do pressuposto de que a escola não trabalha de forma sistemática com os novos gêneros, surge uma outra inquietação; o uso do e-mail em sala de aula, nos livros didáticos e nas DCN`s. Como é feito o trabalho como o e-mail pelos professores e, como o mesmo aparece nos livros didáticos? Começa então a segunda fase da pesquisa. Ficando costatado através da análise de treze livros didáticos, que nenhum deles traz o e-mail como gênero textual, fica claro a falta de interesse dos professores em trabalhar com o e-mail, pois os mesmos não têm suporte nem nos livros didáticos nem tão pouco nos PCN's de língua portuguesa. Após os resultados far-se necessário nova pesquisa, se os alunos usam as redes sociais (weblog, e-mail, chat etc.) como seria a escrita dos mesmos nestes ambientes não formais, que sentidos são atribuidos à sua escrita? 
         Como toda e qualquer manifestação de comunicação se dá por meio de textos, reintera-se a importância de se trabalhar com os novos gêneros especialmente os ligados às tecnologias, pois sabe-se que a partir deles surge nova forma de comunicação. "Por ser algo externo ao ser humano, a escrita pode ser modificada, afinal, ela é apenas uma maneira de representar graficamente o significado" (BISOGNIN 2009, p. 45), o Weblog como tecnologia intelectual é um exemplo. É portanto uma alternativa popular para publicação de textos on-line, sejam eles, poemas, músicas, contos etc.
         Diferente do espaço escolar, o weblog é um ambiente informal onde o sujeito lida com a escrita de forma diferenciada. "Língua e escrita são dois sistemas distintos de signos; a única razão de ser dos segundo é representar o primeiro" (SAUSSURE, 2004, p. 34 apud BISOGNIN 2009, p. 47). Ficando evidenciado a falta de suporte e/ou interesse em se trabalhar com os novos gêneros, a pesquisa terá sequência e buscar-se-á respostas para tais inquietaçãoes. 

Bibliografia consultada

BISOGNIN, Tadeu Rossano. Sem medo do internetês. – Porto Alegre, RS: AGE, 2009

sábado, 31 de julho de 2010

O desnudar do sentimento

Madrugada fria...
A insônia toma conte de mim
Embriagando-me de solidão
Restam-me somente as lembranças.

O teu doce olhar...
Tuas mãos a desnudar-me por inteiro
Sussurros...gemidos
Num frenesi de desejos

Braços que se entrelaçam
Corpos, que suados encontram-se por inteiro
Bocas a sussurrar os mais delirantes desejos
O desnudar do sentimento.

Lembranças...são elas
Que invade a madrugada fria.

sexta-feira, 16 de julho de 2010

Pecado meu

Assim sem querer, te quero
Sem pudor, só desejo
Sentir o pulsar do teu coração
O Sussurro... o beijo...

Ah pecado!
Que me envolve...
Pelo olhar só desejo
Ó proibido e insano momento

Que de mim não sai
Pois em minha boca está teu gosto
De pecado proibido...

terça-feira, 29 de junho de 2010

A escrita no ambiente virtual

O programa Login apresentado pela TV Cultura em Abril do corrente ano, traz uma entrevista com o tema “O internetês é uma nova linguagem?” Tendo como um dos entrevistados o linguista e professor da USP – Universidade de São Paulo Emílio Paggoto. Sabe-se que a gramática é uma referência de escrita correta, porém com o avanço das Tecnologias de Comunicação e Informação - TIC’s e com ela as Tecnologias Intelectuais – TI (Orkut, Weblog, Twitter, Chat, etc), surge uma nova forma de comunicação, o internetês: linguagem/código escrito utilizado pelos internautas no ambiente virtual. Segundo BISOGNIN (2009, p.8) "o internetês é uma recriação gráfica das línguas escrita e falada preexistentes, enriquecida com representações e simbologias". É uma linguagem/código escrito criada para agilizar a comunicação no ambiente virtual, principalmente em sites de relacionamentos como o Orkut, Blog, E-mail, Chat, etc. Nos três primeiros a comunicação se dá de forma assíncrona, ou seja, a mensagem é escrita, mas, a resposta não se dá de imediato, enquanto o chat (bate-papo) a comunicação é síncrona, pois escrevemos a mensagem e obtemos a resposta no mesmo instante. Mas, estaria a ortografia ameaçada por essa nova forma de comunicação? Segundo Pagotto não, pois a internet trouxe a escrita de volta, ou seja, através das TIC’s, ela trouxe os jovens para dentro do universo da escrita, pois para ele a mesma vinha se perdendo desde a década de 1970. Vale ressaltar que a internet tem muitas funcionalidades, mas é a comunicação a sua principal característica. Segundo Bisognin

A internet é um novo ambiente de enunciação cultural, com múltiplas linguagens, possibilidades de interações, velocidades acelerada de informação e estrutura multimidiática. Ela suscita e expressa um ambiente de comunicação diferenciado. Isso pode ser percebido até nas formas de escrever utilizadas pelos internautas, principalmente pelos jovens, na comunicação eletrônica: interferem sobre a escrita culta padrão para interagir [...] Aparentemente há uma forma específica de comunicação utilizada em relação com a língua materna culta. ( BISOGNIN, 2009, pp 13-4-6)

Como imaginamos, essa nova forma de escrever não influencia tanto na escrita da escola, ainda é pouco o que se ver de transferência, pois o jovem sabe que é necessário dominar as duas formas da língua, no entanto, vale lembrar que existem sim abreviações de algumas palavras como por exemplo: vc (você), tbm (também), etc. Segundo os entrevistados essas abreviações aparecerem bem antes da internet, pois, o professor abrevia na lousa e também estas eram usadas em telegramas.

O internetês por ser uma linguagem que pede agilidade necessita das abreviações, pois, dependendo da tecnologia intelectual utilizada a comunicação se dá com várias pessoas ao mesmo tempo. Segundo Bisognin, “não podemos esquecer que a escrita alterada pelos jovens na internet é uma representação da linguagem, a qual, por sua vez, associa-se ao pensamento”. (BISOGNIN, 2009, p. 23). E é nesse ambiente de interação, que o internauta usa a escrita para marcar sua identidade e é através da escrita que podemos identificar o grau de instrução do usuário.

Pagotto lembra que no internetês estão concentradas todas as formas e fases que os sistemas de escrita passaram na história da humanidade e especificamente em relação às abreviaturas, desde que se escreve português a presença das mesmas eram maciças em textos manuscritos. Com isso vale lembrar que os jovens sabem o momento ideal de fazer uso das abreviações, como também é papel do profissional de educação lembrá-los que o uso só é válido em ambientes virtuais e, não são aceitos na formalidade, em especifico nas redações de vestibulares.

Sendo a escrita uma representação gráfica do discurso, no ambiente virtual não é diferente, pois, segundo Barreto e Baldinotti (2005, p.25), “emissor e receptor negociam um com o outro o código e o sentido que as palavras devem assumir durante o ato linguístico-comunicativo”. Os mesmos autores citam Jacobson

Existe, pois, na combinação de unidades linguísticas, uma escala ascendente de liberdade. Na combinação de traços distintivos em fonemas, a liberdade individual do que fala é nula; o código já estabeleceu todas as possibilidades que podem ser utilizadas na língua em questão. A liberdade de combinar fonemas em palavras está circunscrita; está limitada à situação marginal de criação de palavras... Ao formar frases com palavras, o que fala sofre menor coação. E, finalmente, na combinação de frases em enunciados, cessa a ação de regras coercitivas da sintaxe e a liberdade de qualquer indivíduo para criar novos contextos cresce substancialmente, embora não se deva subestimar o número de enunciados estereotipados. (JACOBSON, apud BARRETO; BALDINOTTI 2005, p.23)

A linguagem é facilitada, há liberdade em combinar fonemas, utilização de sinais de pontuação para expressar sentimentos e emoções, uso excessivo de abreviaturas. Pagotto lembra que as abreviações são feitas a partir das consoantes, para ele, “o que está acontecendo no internetês, é o mesmo que aconteceu no início da escrita alfabética, é uma escrita silábica, porque a vogal ela é relativamente predizível enquanto que a consoante não é”, ou seja, o sujeito ao fazer uso do internetês, no seu inconsciente ele sabe como é a sílaba do português. No entanto, para que haja comunicação, a linguagem/código tem que ser compreendida e é necessário haver um conhecimento linguístico, ter familiaridade com a internet, caso contrário, não haverá comunicação.



Referências


BARRETO; R. P.; BALDINOTTI, Sérgio. Ciberdiscurso e Interculturalidade na Web. Tangará da Serra [MT], 2005.
_____ Tecnologias intelectuais e linguagens na cultura do novo capitalismo. 2009 (Prelo)

BISOGNIN, Tadeu Rossato. Sem medo do internetês. – Porto Alegre, RS: AGE, 2009.

http://www.tvcultura.com.br/login/videos/naintegra/2010-04-28/25730

quinta-feira, 10 de junho de 2010

Insanidade

Com minha alma em pedaços,
Procuro por ti e não obtendo respostas,
Sigo a caminhar sem rumo,
Perdendo-me em pensamentos insanos.
Madrugada a fora, imagino ...
Calando-me com os beijos teus,
Sufocando-me com o teu cheiro,
Acariciando-me com teu corpo.
Volto à realidade e vejo que são
Só pensamentos, momentos de êxtase
De um ser insano, que de tão insano
Sonha  ...

terça-feira, 18 de maio de 2010

Teu cheiro

Estou só e surpreendo-me com meus pensamentos...
e pedindo à noite para te ter, me invade a sensação
do aconchego dos teus braços, do teu perfume
que suavemente toma conta da minha solidão

Como te esquecer se cada vez que tento
mais me lembro de você.
Novamente me vem a sensação...
o toque da sua mão, o seu olhar, a sua atenção 
e novamente o teu cheiro toma conta de mim.

Quando vejo já é madrugada
te procuro e não te encontro.
Talvez ao ouvir nossa canção
se lembre que estás comigo, pois o teu
cheiro permanece em mim...

quarta-feira, 21 de abril de 2010

Fantasias Femininas

Em uma roda de conversas entre amigas surge uma pergunta - que tipo de fantasia? Mães, companheiras, amantes guerreiras do dia-a-dia, sonhadoras, felizes e acima de tudo mulher. Mulheres que amam e querem ser amadas; mulheres que sentem desejos e são desejadas, sempre presentes na vida do homem, fonte de desejos e de inspiração, trazem dentro de si fantasias muitas vezes impossíveis de serem ralizadas. Sensuais usam e abusam do seu poder, fonte perene de vida e de gozo. Fantasias?! Talvez.
- Ao sair do carro com seu cigarro em punho, botas a altura do joelho, sensual como nunca imaginara, olha para os lados vê-lhe cercada pela multidão que admiravelmente para! Roupa de couro, moto gigante, botas, luvas, cabelos longos que são soltos ao ser retirado da sua cabeça seu capacete preto. Ninguém imaginava de onde surgira tão atraente  mulher, bela, de corpo e boca sensual. Senta-se com a amiga que havia chegado de carro e aguarda as outras que estão por vir. Livres condicionalmente, sabem do perigo que correm por conta da tal liberdade. Cada uma com seus sonhos, seus desejos, alguns deles não podem ser revelados nem mesmo as suas melhores amigas, outros mais simples como um beijo roubado, barriga sarada, vinho, corpos suados, salto alto, lingerie vermelha, preta, branca, cada uma com sua cor predileta. Somos assim, mulheres que sonham, simplismente mulheres!!!



segunda-feira, 19 de abril de 2010

Duas Vezes Você

Se a saudade não doesse assim,

Nem tão grande fosse a solidão,

Se eu soubesse gostar só de mim,

Te expulsava do meu coração,

Se eu pudesse não ser como sou,

E aprendesse como te odiar,

Mas só sei sentir amor,

Você sabe que ganhou,

Mas não vou me entregar,

Todos os meus sonhos são teus,

Pois comigo você sempre está,

Mesmo quando eu penso em Deus eu só sei te lembrar, te lembrar.

Se fosse preciso escolher em te amar ou poder te esquecer,

Sei que o meu coração pediria,

Duas vezes você

(César e Paulinho)








sábado, 27 de março de 2010

Saudades

Hoje amanheci com o coração apertado de saudades de você meu Pai, da tua alegria, mesmo na hora da dor. Saudades do teu sorriso, das brincadeiras que fazia com todos, mesmo quando não os conhecia. Fico imaginando se pudesse voltar ao tempo, voltaria a ser criança só para aproveitar os momentos com você, andar no seu ombro, segurar a tua mão, quando atravessava os becos com medos dos causos contados pelos mais velhos. Quando mocinha, quantas vezes dizia para seus colegas que não me conheciam que eu era a sua namorada (rsrsr). Sempre brincalhão, conquistava a todos, irritava outros também (rsrsr). Saudades de assistir tv contigo, enquando fumava o seu cigarro, mesmo não me agradando; de ouvir você me pedir água, estando tão próximo ao filtro; de me chamar...
_ filha vem cá dá um xero no pai.
Quando me pedia para colocar sua comida.
_ muito ou pouca? E sempre me respondia...
_ médio!
 A tua falta é muito grande Pai, me entristeço de não mais poder vê-lo, mas guardo as lembranças boas, pois são elas que me fortalece, a lembrança do teu sorriso me dá vida. Sei que um dia, em algum lugar vamos nos encontrar novamente e essa saudade vai acabar. Te amarei eternamente.

quinta-feira, 11 de março de 2010

Tudo mudou...

O rouge virou blush
O pó-de-arroz virou pó-compacto
O brilho virou gloss
O rímel virou máscara incolor
A Lycra virou stretch
Anabela virou plataforma
O corpete virou porta-seios
Que virou sutiã
Que virou lib
Que virou silicone


A peruca virou aplique, interlace, megahair, alongamento
A escova virou chapinha
"Problemas de moça" viraram TPM
Confete virou MM


A crise de nervos virou estresse
A chita virou viscose.
A purpurina virou gliter
A brilhantina virou mousse

Os halteres viraram bomba
A ergométrica virou spinning
A tanga virou fio dental
E o fio dental virou anti-séptico bucal

Ninguém mais vê...


Ping-Pong virou Babaloo
O a-la-carte virou self-service


A tristeza, depressão
O espaguete virou Miojo pronto
A paquera virou pegação
A gafieira virou dança de salão

O que era praça virou shopping
A areia virou ringue
A caneta virou teclado
O long play virou CD


A fita de vídeo é DVD
O CD já é MP3
É um filho onde éramos seis
O álbum de fotos agora é mostrado por email


O namoro agora é virtual
A cantada virou torpedo
E do "não" não se tem medo
O break virou street

O samba, pagode
O carnaval de rua virou Sapucaí
O folclore brasileiro, halloween
O piano agora é teclado, também


O forró de sanfona ficou eletrônico
Fortificante não é mais Biotônico
Bicicleta virou Bike
Polícia e ladrão virou counter strike


Folhetins são novelas de TV
Fauna e flora a desaparecer
Lobato virou Paulo Coelho
Caetano virou um chato


Chico sumiu da FM e TV
Baby se converteu
RPM desapareceu
Elis ressuscitou em Maria Rita?
Gal virou fênix
Raul e Renato,
Cássia e Cazuza,
Lennon e Elvis,
Todos anjos
Agora só tocam lira...


A AIDS virou gripe
A bala antes encontrada agora é perdida
A violência está coisa maldita!


A maconha é calmante
O professor é agora o facilitador
As lições já não importam mais
A guerra superou a paz
E a sociedade ficou incapaz...
.... De tudo.

Inclusive de notar essas diferenças.

Luiz Fernando Veríssimo

sexta-feira, 19 de fevereiro de 2010

No silêncio da noite

Estou só no silêncio dessa noite
A espera do momento em
Que nossos corpos voltem a se tocar,
No silêncio dessa noite.


Aqui, somente o vento fala.
Sussurra o teu nome aos quatro cantos
Pois, o meu corpo espera ansioso pelo teu.
E descubro com o toque suave das tuas mãos,
Que o nosso amor não morre ao amanhecer.


(Giomara Gomes 19/02/2010)