quarta-feira, 13 de abril de 2011

Um encontro casual

Em um dos meus passeios diários ao centro da cidade de São Gabriel, na qual morei por quase 30 anos, acompanho a passos lentos uma senhora, pequenina, porém muito sábia, já a conhecia de outos momentos. Está senhora da qual não me recordo o nome, vinha à minha frente, indo de encontro a um senhor, vereador daquela cidade e ambos moravam na mesma rua , porém, no momento estando separado de sua esposa, não mais se encontrava naquele bairro - veja como é cidade pequena, sabemos da vida de todos os moradores.
Daí me pergunto por que a chamo de sábia, se a conheço, mas não tenho sequer intimidade para isso. Imagine! Observadora como sou, vinha acompanhado os seus passos no momento em que ela se encontra com o tal senhor e, de súbito escuto.
- Como é que a gente ama sem ser amada, sonha à noite e na manhã seguinte encontra assim em plena rua. Eu não entendendo nada continuo o caminhar , porém observando.
A senhora pequenina e sábia, tinha um carinho tão especial por aquele senhor, que me encantou com as suas palavras. Ele tendo idade para ser seu filho talvez, sentindo-se lisonjeado com aquelas palavras, tomou-a pelos braços, sim pelos braços, pois de tão pequenina cabia em seus braços como uma criança no colo da sua mãe. Vejam que o senhor não era pequeno, devia medir 1,80 m, ou mais um pouco, ela porém menos que 1,50 m. Continuei observando o que conversavam, não por curiosidade, mas pelas sábias palavras que ambos trocavam, guardei isso e hoje me lembrando desse encontro casual, deixo aqui registrado essas palavras que por muito tempo trago na memória e que poderei quem sabe um dia utilizá-las com alguém que conheço, que tivera sonhado à noite e que talvez o ame, como essa senhora amou esse homem, não como um homem e uma mulher pode ou deve se amar, mas compreendi naquelas palavras proferidas pela sábia senhora que o amor é o maior e mais belo sentimento que o homem pode trazer no coração, independente de quem somos, homem, mulher...

Um comentário:

  1. o frenesim de uma cidade respira na sua célula nervosa: a palma da mão.
    beijinho, giomara!

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